Documentário “Tenho Fé” exalta a presença das religiões africanas na história do carnaval carioca


A potência afro-brasileira na criação artística dos enredos das escolas de samba do Rio de Janeiro ganha destaque no novo documentário “Tenho Fé”, que chega aos cinemas em todo o país nesta quinta-feira (23). Produzido pela Pixys Filmes e Lira Filmes, “Tenho Fé” relembra a inesquecível comissão de frente da GRES Grande Rio, de 2021, além de mostrar a influência de grandes líderes religiosos no universo do samba.  “Acho que uma expressão artística fundamental para entender o Brasil é a escola de samba”, afirma o antropólogo e Babalorixá Rodney William. 



Na produção, os carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad procuram desvencilhar os discursos preconceituosos repercutidos após a noite do desfile sobre Exu, através da reflexão sobre o laço histórico entre o Carnaval e as culturas afro-diaspóricas. “Se você for olhar as escolas de samba, todas elas foram formadas por sacerdotes e sacerdotisas do Candomblé”, comenta o professor Babalawò Ivanir dos Santos no documentário. Com direção e roteiro de Rian Córdova, “Tenho Fé” transita entre o sagrado e o ancestral, pondo em emergência cotidiana no combate ao racismo e à intolerância religiosa, através de uma linguagem simples e direta.



“O filme é uma grande interseção de talentos artísticos. Nossas câmeras acompanharam a jornada de artistas movidos pela fé nos orixás e pela ancestralidade. Visitamos do desfile icônico de Exu da GRES Grande Rio até a presença de Orixás como heróis em convenções de HQs, para entender a importância da contribuição afro-brasileira na formação da identidade nacional. O filme é sobretudo, um manifesto contra o racismo religioso.” - afirma o diretor Rian Córdova.


Categoria:Noticias de samba e pagode

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